sábado, 19 de maio de 2012

Capítulo 51

PARADA FATAL


A primeira parada foi disputada às nove da noite, em ponto. Já eram duas da madrugada. Eles tinham desfrutado dois intervalos de 15 minutos apenas, para espichar as pernas e irem ao banheiro.

Quando o jogo foi retomado pela segunda vez, Parangolé já acrescentara ao montante da dívida de Nando Cacillares um apartamento de dois quartos em Porto Alegre.

Cacillares já não aguentava mais. Achava que o tiro de Darlington ia sair pela culatra. Não tinha certeza de que saberia dar o bote na hora certa. Tinha treinado apenas duas semanas aquela jogada mortal.

Ele dava as cartas. Serviu bem. Parangolé saiu com três reis e duas cartas bobas. Apostou alto: o apartamento que tinha tomado do adversário até então. Cacillares foi ao jogo e dobrou, oferecendo um terreno em Florianópolis e uma cabana em Gramado.

Impassível, Parangolé foi à mesa, pediu duas cartas. Recebeu um rei e um curinga. Isso valia cinco reis! Não moveu um músculo do corpo. Mas o suor que passou a escorrer pela face, denunciava o tamanho de sua jogada. Passou o lenço de seda no rosto, tomou um gole de água mineral e cantou sua aposta:

- O que está na mesa, mais o restante do que você me deve. Você tem patrimônio pra isso?...
- Vou ver se tenho jogo pra ir. Patrimônio não é problema – juntou mais documentos comprobatórios de sua propriedade.

O contador examinou os papéis. Assentiu com a cabeça e Parangolé, de olho no padre e na missa; nas cartas e na perspectiva de aumentar sua riqueza num só lance como aquele, foi em frente. Suava em bicas.

Sob a tão atenta quanto tardia observação dos mirolhos e a incontida angústia do agiota que, pela primeira vez numa mesa de jogo, mostrava tamanho incômodo físico e mental, Nando Cacillares completou a parada e serviu-se de apenas uma carta.

Com muita calma, o garotão levantou a carta que lhe faltava. Sem revelar o que poderia ser seu jogo, juntou-a as que estavam na sua mão e apostou:

- Isso que taí, mais um chalé em Piriápolis, a casa da Gorlero, em Punta del Este e uma fazendola em Pedras Altas.

Parangolé não acreditou no que estava vendo e ouvindo. O cara tinha enlouquecido. Chegou a pensar em perguntar para os seus guarda-costas se as portas estavam todas trancadas. Aquele maluco era capaz de sair correndo, se estivesse blefando.

Preferiu recompor-se. Avaliou as feições impassíveis do adversário. Só poderia ser blefe. Suou, sorriu amarelo, hesitou um pouco e pediu:

- Cadê as escrituras?
- Aqui. Estão aqui. O jogo é sagrado.
- Então, eu vou... Pago pra ver.

Juntou os documentos de tudo que estava em cima da mesa, esperou a revisão do contador uma vez mais e só então assinou um cheque de Cr$ 625 mil que bastava para devolver tudo que Cacillares estava lhe devendo há mais de um ano e ainda lhe deixar um troco de quase Cr$ 300 mil de lucro.

Parangolé em toda sua história de 25 anos como jogador de pôquer, só tinha saído com cinco reis uma vez na vida, num joguinho de Cr$ 10 mil, há muito e muito tempo.

Nunca se arriscara a tanto. Mas com aquele jogo na mão não tinha como perder. Ia pelar aquele gurizinho rico e livrar-se de sua dívida para sempre. Como pagara pra ver, aguardou o movimento de Cacillares.

O garotão abriu respeitosa e temerariamente o seu jogo: Royal Straight Flush!

Cacillares nem teve tempo de recolher a fortuna que estava a sua frente. Parangolé levantou-se num enorme salto que jogou sua cadeira de espaldar alto para trás, deu um grito apavorante e estrebuchou sobre a mesa. Caiu duro sobre o monte de aposta. Não era blefe. A queda foi para sempre.



Capítulo 52

VIDA NOVA, NOVA CASA


O resto foi comme d'habitude nesses casos de morte súbita no submundo. Recolhido o butim que era de direito ao vencedor, limpos os vestígios da contravenção, chamaram o hospital. Tudo pouco mais tarde. Parangolé já era.

Ficou acertado que era melhor Nando, Darlington e Sílvia fazerem a pista. O pessoal da casa faria a limpeza. Tudo seria resolvido intramuros. Sem alarde, sem especulações maiores. Como se nada mais, além de um ataque fulminante do coração, tivesse surpreendido o dono daquela mansão numa tranquila  alta madrugada.

O trio se mandou. Ao entrarem no DKW, Cacillares quis saber como é que os seguranças não tinham percebido a troca das quatro cartas podres que ele tinha na mão, quando dobrou a aposta. Darlington observou o contador saindo às pressas da residência do morto, antes de murmurar para o parceiro:

- Eles estavam conferindo a documentação. Nem perceberam quando você trocou o jogo que tinha na mão... Bem como a gente combinou.
- Tu é foda mesmo, carinha! Devo mais esta.
- Deve mais esta, um cacete! Amanhã você me dá metade do que te sobrou. Quero Cr$ 200 mil na mão de Silvinha.
- Tudo bem. Valeu a pena... – conformou-se Cacillares, sem ter mesmo outra saída diante do que Darlington poderia lhe armar, caso não concordasse com a exigência.

Mais do que medo, o mimado guri rico gozava a sensação de ter se livrado de uma tremenda peladura e ainda lhe sobraria algum para uma boa temporada de gandaia. Ia dando jeito de sair dali, quando Darlington retomou o ar de amigo do peito e justificou a cobrança dos R$ 200 mil:

- Parceiro, preciso dessa grana amanhã, porque tenho que pagar o pessoal do Gordo...
- Pessoal do Gordo?
- É a turma da “limpeza”...
- Da limpeza?
- Isso aí, os seguranças tavam na gaveta. Ou tu acha que ia ser mole assim?!?

Nem Darlington, Silvinha, Cacillares nem ninguém mostravam o menor sentimento pela morte súbita que haviam fabricado para o fortíssimo Parangolé.

Quê nada, para todos os efeitos de suas consciências adormecidas tinham livrado a cidade de um dos mais odiados mandachuvas do crime patrocinado. Quem emputeceu mesmo foi a Polícia que perdeu uma de suas maiores e melhores fontes de propina.

No dia seguinte, por volta de seis horas da tarde, os três enfrentavam seus devidos sanduíches abertos na Toca do Chope. Não demorou muito e foram embora. Silvinha fez questão de pagar a conta.

Darlington, meses mais tarde, financiou a legalização de uma pequena casa de carteio na periferia da cidade. Os donos eram os seguranças de Parangolé.

O contador de Parangolé era agora o guarda-livros informal de Darlington. Afinal, aquele pessoal não podia ficar sem emprego, assim de repente.

Cacillares não foi à inauguração da nova casa, tinha começado vida nova longe dali. Em Mar Del Plata, na Argentina.

Nessa fauna de criminosos organizados, da alta camada ou do baixo clero, sempre há um jeito para tudo e para todos. Tudo é presa fácil.
 

Capítulo 53

UM POUCO MAIS


Dom Fernando Berttucci, era uma daquelas tais altas presas fáceis. Muito mais pela forma como fez a sua escalada nas estantes da outrora pequena livraria, do que pela vergonha de terem fotografado a sua querida Grazziella com a boca na botija. Fosse lá pelo que fosse, para Darlington, esse pai extremoso e cidadão insuspeito já estava no papo.

Darlington, no entanto, precisava de um pouco mais. E sempre queria um pouco mais. Na realidade, bem mais. E nada acontece por acaso. Nada cai do céu, nada vem de mão beijada. Como reza o mundo das falsas necessidades, “toda inspiração tem muito de transpiração”. O negócio é suar a camiseta.

Pois foi bem assim, naquele baile pra fora, lá no Salão dos Tedescos. A patota da cidade azucrinava os matutos da zona rural que não conseguiam impedir os olhares derretidos que as gurias da roça lançavam para os bonitinhos urbanos.

Foi lá que, numa mesa perto do estrado da orquestra Jazz Cometa, ele e Sílvia se encontraram “fortuitamente” com Zelma, a parceira firme para casos de cama, mesa e banho de um batedor de carteira que cumpria pena de seis anos no presídio de Realeza do Sul.

Zelma era uma colona, uma típica mulher campeira, pomerana bonita, que foi estudar na cidade, mas acabou trocando os livros por um balcão de loja.

Naquela noite, ela dava uma pequena escapada na compulsória vida de solteira que lhe sobrara. Uma fugidinha, enquanto o namorado não voltava da cela para a cama de sua casa.

Queria apenas dar uma dançadinha, divertir-se um pouco enquanto seu punguista não vinha. Nada de namoro, nem caso sério, nem banho de espuma.

Darlington e Sílvia, porém, tinham muito mais futuro para ela do que apenas aquilo. Zelma era uma loira alta, vistosa, de olhos azuis enormes e curiosos, seios que eram do tipo daquele - como diria Vinícius de Morais - “que cabe inteirinho na palma da mão, mas não cabe todinho na boca”.

Tinha um sorriso lindo, ainda que triste. Não era de se perder. Sílvia já a conhecia de boa data, de algumas reuniões sindicais. Ela era comerciária, além disso. E engajada em escaramuças sindicalistas. Isso ajudou na aproximação. Sílvia também dava seus pulinhos nessa área de azucrinação do comércio.


Capítulo 54

POMPAS E CIRCUNSTÂNCIAS



Corria o baile. Lá pelas tantas, elas foram ao toalete. Retocar a maquiagem, trocar pequenas confidências sobre os moços bonitos da festa, repertório musical, essas coisas... Elas sempre dizem que vão passar uma água no rosto e renovar o batom. Verdade que nas noites de baile, nenhuma mulher vai ao banheiro só para fazer xixi.

Na volta, foram para a mesma mesa. A conversa já estava engatilhada. Era o seguinte: eles conheciam um velho industrial, podre de rico e de saúde. Não tinha herdeiros. Era só casar com ele e ficar com tudo. Coisa pra mais de metro, barbada: uma fortuna como poucas na região. E foi esse o papo que detonaram pra cima de Zelma.

- Quié isso. Sou noiva de Reginaldo...
- Ele tem seis anos de grade pela frente. Assim tu só dá pra trás...
- Mas, eu gosto dele – disse, com a boca úmida de cerveja.
- E ele lá, de namoro e fuquefuque com o companheiro de cela...
- Eu gosto dele. Só penso nele...
- Tá bom, Zelminha, você gosta dele... Pois continua gostando, guria.
- Só penso nele.
- Pensa nele. Mas não pensa só nele. Pensa com a gente - disse Silvia.
- Com vocês?
- É... Olhaqui, tu casa com o velho. Ele nem é feio. Aí, ele estica as canelas e tu fica viúva e milionária.
- E Reginaldo?
- Quando ele voltar, tu casa com ele. Vão ser felizes pra sempre.

Essa abordagem foi só o início. A pirataria que desfecharam em cima dela durou mais de dois meses. Ela virou âncora da batelada de tentações que vinham como uma onda. Até que conseguiram aprofundá-la na ideia.

Fizeram, enfim, a aproximação da jovem com o velhote que já os conhecia de alguns anos e outras tantas boas caixas de uísque, vindas diretamente da Escócia e que lhe chegavam às mãos por conta da afinidade negocial que os unia.

Era muamba mesmo, vinha de contrabando em navios que paravam no porto de Onda do Mar, ponto referencial de escoamento da produção gaúcha para o resto de mundo que sobrava.

Sempre tinham preços especiais para as encomendas que o magnata lhes fazia. Além de lhe reservarem religiosamente uma unidade a mais, como um abençoado e agradecido brinde.

O velho se apaixonou por Zelma. Em meio ano de namoro, alguns românticos fins de semana em Punta del Este, Piriápolis, Mar Del Plata, praias de sotaque espanhol das cercanias e um pouco mais pra lá, muitos beijos e abraços depois, eles resolveram casar. De comum acordo e comunhão de bens.

Foi na Igreja de Señora Del Puerto, numa cerimônia que contou com a presença das forças-vivas da sociedade, bandas e fanfarras. Foi tudo muito chique. As pompas se deram à hora do Ângelus, num sábado glorioso.

No dia do casamento, um pouco antes do chamado enlace matrimonial, Zelma colocava o vestido de noiva, quando recebeu a visita casal de padrinhos. Para atendê-los, diante daquelas circunstâncias, pediu que as damas de companhia se retirassem da suíte por um momento. Logo as chamaria de volta.

Foi ali, com agilidade e confiança que assinou uma coleção de 15 cheques, sem data marcada, no valor de Cr$ 300 mil cada um. Assinou também, sem pestanejar, 24 promissórias de Cr$ 80 mil. Era a parte que tocava à dupla dinâmica naquele latifúndio com cara de sociedade secreta.

Zelminha estava ultimando os detalhes de seu casamento com Mr. Sundermoney, uma das maiores fortunas do lado de baixo do Equador. As damas de companhia voltaram e concluíram os detalhes de sua imagem, dos pés à cabeça.

Da cauda à grinalda. Uma hora depois, já era a rica senhora Sundermoney. Sem demora, Madame Sundermoney: Zelma, para os mais chegados, íntimos como Darlington e Sílvia.  


Capítulo 55

COMO O PREVISTO


Um ano depois... Que aflição! Zelma ligou desatinada, à beira de um ataque de nervos, para o telefone de emergência da Santa Casa Misericordiosa e registrou um apelo em tom enlouquecido, desesperado:

- Por favor, uma ambulância! Mandem um médico urgente aqui em casa.
- O que há minha senhora?
- Meu marido está morrendo do coração...
- Seu endereço, minha senhora... Por favor, senhora... Calma, já estamos indo!

Momentos depois, quando o socorro chegou já era tarde. O venerando e voluntarioso marido estava lá, boca aberta, olhos revirados, braços rígidos, vestido dos pés à cabeça com apenas um par de meias pretas e barraca armada embaixo dos brancos lençóis de linho egípcio.

Quê Viagra o quê! Isso nem tinha na época. No máximo, um chá de pitanga, um Pervitin com destilado. Zelma era o seu dilatador de artérias. Foi o seu último prazer e o seu grande bem: ele morreu feliz da vida. Mas, morreu. Como o previsto.

As pompas fúnebres foram tão espetaculares quanto as circunstâncias do seu casamento. Para a sociedade realense sua morte foi um golpe. Todos acharam que seu esquife parecia um baú. Um golpe. Maledicências da sociedade.

Zelma tomou conta de tudo. Sem tino e sem vocação para os negócios do marido, vendeu o império do falecido. Saiu da cidade para jamais voltar. Nunca mais casou na vida.

Ficou devendo três cheques de Cr$ 300 mil e 12 promissórias de Cr$ 80 mil para a dupla dinâmica, Darlington e Sílvia. Uma fortuna de trambique. Deu-lhes o calote. Como era de se imaginar.

Nesse ramo, quem não se cuida, leva nas costas. Não dá pra dormir de touca. Nem pra deixar dormir.



Capítulo 56

AMARGO REGRESSO


Zelma contava pouco mais de dois anos de viuvez. Vivia em São Sebastião do Salto, uma pequena cidade de colonização alemã, encravada no início da Serra gaúcha. Administrava uma florescente indústria de malha. Sobravam-lhe tempo e dinheiro para isso.

O domingo se esvaía tranquilo rumo à segunda-feira. Zelma fazia as contas da empresa e separava o serviço de banco da semana. No meio da calma rotina, a campainha soou. Foi atender. Deu de cara com Reginaldo.

Do susto, passou à euforia. Pura arte cênica. Pendurou-se no pescoço do seu presidiário preferido, seu amado, seu amante, com quem nunca mais tinha falado. O beijo foi demorado e quente. De repente, parecia que a vida estava começando a ser vivida outra vez.

Em menos de uma semana, tudo foi colocado em pratos limpos. Reginaldo passou-lhe as memórias do cárcere; ela lhe explicou seu golpe no baú de Mr. Sundermoney. As dúvidas e os pontos obscuros, como a falta de notícias e de visitas, foram jogados no lixo do tempo. Os ponteiros se acertaram.

Logo encaminharam uma rotinazinha de vida nova: amor, muito amor a noite toda; café da manhã com pão feito em casa e geleias de laranja; trabalho na empresa; almoço em casa; pequena sesta; serviço de banco; jantar com pequenas histórias e muito amor a noite toda. Ele ainda estava na moita. Até que se pensasse numa apresentação oficial à sociedade da pacata São Sebastião.

Numa dessas voltas para casa, depois de mais um expediente puxado, a bem de conversa, aparando as unhas dele, Zelma quis saber com a curiosidade natural das mulheres bem-amadas:

- Como foi que tu me descobriste aqui, meu anjo?
- Pergunte quem foi que conseguiu minha liberdade condicional...
- Tá legal, quem foi?
- Os teus amiguinhos... A Sílvia e o Darlington.
 
Ela engoliu em seco. A lixa escapuliu da unha e foi parar na junta do polegar. Olhou Reginaldo nos olhos. Não encontrou nenhum sinal de rancor, nem de perigo. Tentou esconder o sobressalto.

Com a frieza que sua têmpera garantia, Zelma impediu o vermelho que insistia em subir para a sua face, não deixou que seus olhos, nem seus movimentos denunciassem o seu justificado temor diante daquela perigosa maré de desagradáveis surpresas e tocou o barco:

- Eles estão bem? – Ela desconversou com naturalidade.
- Eles estão. Eu é que não... Devo um monte de grana pra eles.
- Quanto, meu querido?
- Eles dizem que três cheques de Cr$ 80 mil e mais um monte de promissórias.

Zelma sentiu o drama. Reginaldo sabia de tudo. Ela não podia, no entanto, demonstrar que já estava antevendo o que poderia acontecer dali pra frente. Precisava ter jogo de cintura. Com ar de inocência dissimulou tranquilidade e certa revolta pela avareza da dupla de chantagistas:
- Mas aí, meu anjo, nós vamos ficar na miséria de novo... Não é grana demais pra você pagar uma condicional?
- Liberdade não tem preço.
- Mas, tudo isso?
- É isso, mas eles se contentam com apenas dois cheques daqueles.
- Apenas dois cheques... Ainda é demais.
- É o que é. Senão...
- Nem me diz. Nem é bom, falar. Conheço a dupla.
 
O fato é que, em vinte dias, Zelma desencravou nos bancos de São Sebastião do Salto, Cr$ 160 mil. Ainda lhe restava uma soma bem maior do que isso como crédito pelos negócios que realizara desde a morte do marido. Não teve nenhuma dificuldade para fazer o saque.

Entregou o dinheiro a Reginaldo que, nesse tempo todo, não tinha colocado ainda o nariz fora da porta. Alegou para Zelma e ela concordava que ele precisava se readaptar ao novo tipo de vida.

Dois dias após o saque bancário feito por Zelma, ele viajou com uma pequena mala de roupas e uma pasta executiva para Realeza do Sul.

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